No final de semana que passou fui visitar uma primazinha que mora na Argentina. A Domenicca casou com um marinheiro portenho, há muitos anos e foi morar em Mar del Plata. Depois da viuvez e, com as duas filhas morando na Itália, ela resolveu se mudar para a capital. Um dia eu conto o desfortúnio da Domenicca com o marido escroque. Faz quarenta anos que mora na mesma casinha em Belgrano. Com dois cachorros e o Simão, o gato cego.
Gente, já estou toda perdidinha na estória. O que era mesmo que eu queria contar? Ah, o festival. Tem uma vizinha da Domenicca que é dançarina de tango. Uma moça bem bonitinha, mas que se pinta muito e usa roupa colante e extravagante. Abusa dos vermelhos. No sábado, esta moça convidou a prima e eu para um festival de cinema.
Eu nem tinha levado umas coisinhas chiques para usar. Como velha tem tudo o mesmo corpo fui com um vestido emprestado. E um xale de ponta lindinho. Ficamos ansiosas para ver os artistas. De conhecido mesmo, não vimos ninguém. Tinha uma tal de Cicciolina que fazia o maior sucesso e uns moços fortes que se olhavam muito.
Gente eu nunca vi nada parecido. Nos filmes só tinha artista pelado. E tanta sem-vergonhice. Mão naquilo, boca naquilo, aquilo naquilo. E tinha até aquilo naquilo outro. Até em dose dupla. De tudo quanto é tamanho, jeito e posição. Tudo misturado – alemã com índio, negro com japonesa, americana com esquimó. Tinha até premiação das melhores cenas.
Só depois de tanto tapar os olhos é que a Domenicca olhou no convite – Festival Internacional de Filmes Pornográficos. Como a gente estava lá mesmo, era de graça.... aproveitamos tudo. Apesar da vergonha e das palpitações.
Gente, já estou toda perdidinha na estória. O que era mesmo que eu queria contar? Ah, o festival. Tem uma vizinha da Domenicca que é dançarina de tango. Uma moça bem bonitinha, mas que se pinta muito e usa roupa colante e extravagante. Abusa dos vermelhos. No sábado, esta moça convidou a prima e eu para um festival de cinema.
Eu nem tinha levado umas coisinhas chiques para usar. Como velha tem tudo o mesmo corpo fui com um vestido emprestado. E um xale de ponta lindinho. Ficamos ansiosas para ver os artistas. De conhecido mesmo, não vimos ninguém. Tinha uma tal de Cicciolina que fazia o maior sucesso e uns moços fortes que se olhavam muito.
Gente eu nunca vi nada parecido. Nos filmes só tinha artista pelado. E tanta sem-vergonhice. Mão naquilo, boca naquilo, aquilo naquilo. E tinha até aquilo naquilo outro. Até em dose dupla. De tudo quanto é tamanho, jeito e posição. Tudo misturado – alemã com índio, negro com japonesa, americana com esquimó. Tinha até premiação das melhores cenas.
Só depois de tanto tapar os olhos é que a Domenicca olhou no convite – Festival Internacional de Filmes Pornográficos. Como a gente estava lá mesmo, era de graça.... aproveitamos tudo. Apesar da vergonha e das palpitações.