sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Minhas férias.

Até parece composição de início das aulas. Os amiguinhos deviam estar preocupados. A velhinha estava se esbaldando. Fui passar uns dias com a minha prima Donatella. Apesar de não trabalhar a um bom tempinho, gosto de me referir a estas saídas como férias. Fui passar férias na Itália.

A família da minha mãe era muito grande, 12 entre irmãos e irmãs. Mamãe era a terceira mais moça. Depois dela só tinha a tia Firmina e o Nazzo, o apelido do tio Nazario. A Donatella é filha do Donato, o terceiro irmão da mamãe. Ninguém sabe a idade dela. Ela esconde há muito tempo. Pelas minhas contas deve ter mais de oitenta. Mas ela esta fortona ainda.

A Donatella mora em San Vito di Cadore, uma vilazinha perto de Cortina d’Ampezzo. Muito perto, apenas 10 km. Quando agente era criança ia a pé até a cidade ou de bicicleta. Agora já não é a mesma coisa. A vila é muito linda e a casa da Donatella está num lugar especial. Da janela do meu quarto eu via todo o Monte Antelao, o mais impressionante dos Dolomitas. Se bem que de qualquer parte da cidade a gente vê o monte.

Como eu não fui para passear aproveitei bem para desfrutar da companhia da Donatella. A gente nunca sabe quando vai ser ver de novo. Ela não pode viajar e eu não tenho tanto dinheirinho para estar lá todo o mês. Nesta viagem teve uma reunião de alguns primos que moram por perto. Se bem que até a Loredana veio da Alemanha. Devia ter bem mais de 1000 anos reunidos na casa. Foi muito divertido.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Mais lembranças.

Parece que o amiguinho do Chili-verde quer botar todas as lembranças da gente para fora. Agora falou dos tempos antigos de avião. Que bonitinho. As minhas lembranças são ainda mais antigas.
A primeira vez que a velhinha andou de avião a maioria de vocês nem tinha nascido. Eu era mocinha, devia ter uns dezessete aninhos. Fomos visitar uma prima da minha mãe que morava em Londres. O avião era um Savoia-Marchetti SM-95 com quatro hélices. Fazia um barulhão. A viagem demorou cinco horas, com duas escalas.

Naquele tempo as pessoas se arrumavam para viajar de avião. Os homens vestiam terno e gravata e as mulheres punham chapéus e luvas. O pessoal de bordo era muito atencioso e a alimentação era muito boa. Os bancos que eram meio durinhos e as costas doíam um pouco depois de algumas horas.

Mais tudo era novidade e a meninazinha adorou a viagem. Principalmente porque conheci lá o meu primeiro namoradinho. O nome dele era Paul e estava estudando engenharia. Com tempo eu conto mais para vocês.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Minhas lembranças.

Hoje lendo o blog de um amiguinho acabei ficando com muita melancolia. Não, não, não é daquelas melancolias tristezinhas, é daquelas bem boazinhas, mais uma saudade de tempos maravilhosos de minha infância na Itália.

Todos os anos meus pais levavam seus filhinhos para veranear em Bolsena, uma pacata cidadezinha às margens de um belíssimo lago de águas bem tranqüilas. Meu pai e meu irmãozinho mais velho iam de carro e eu, minha mãe, minhas duas irmãs e o caçulinha íamos de trem. A viagem como toda viagem de trem era sempre muito boa, quase deixávamos nossa mãezinha louca com as travessuras que fazíamos no vagão, era muito divertido.

Lá na cidadezinha, ficávamos em um hotelzinho muito simpático que ficava às margens do lago. Tomávamos todas as refeições no hotel, desde o café da manhã ao jantar, uma comidinha deliciosa, quase caseira. Quase todas as noites reuníamos com os demais hóspedes no salão principal e normalmente tinha uma pianista que, ou tocava lindas melodias ou nos acompanhava em nossas aventurazinhas para os lados do canto. Durante o dia brincávamos de todas as brincadeiras que a meninada dispunha naquela época. Eram dias maravilhosos, quase o verão todo. Era muito comum naquela época se refugiar do calor escaldante em algum lugar com temperatura mais amena.

Bons tempos, bons dias, muitas saudades.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Trabalhos manuais.

O amiguinho do Guris, eu vi! fez uma proposta para iluminar este dia cinzento. Convocou as pessoas a mostrarem belezas escondidas. Fiquei pensando se nestes meus anos todinhos de vida ainda tinha alguma coisa bonitinha, escondida, para revelar. Daí, lembrei de uns trabalhos manuais que eu fiz há muitos anos atrás.

No meu tempo a mulheres aprendiam vários tipos de trabalhos manuais. Nem sempre a gente conseguia ser boa em todos eles, mas pelo menos em um ou outro aparecia uma revelação. Algumas bordavam bem, outras tricotavam e havia aquelas que faziam crochê como ninguém. Eu mesma gostava mais de bordado em ponto cruz. Era uma distração. Passava horas e horas criando paninhos, toalhas que depois dava com muito amor para as amiguinhas. O que valia mais era repartir os trabalhos manuais.

Pena que hoje este tipo de trabalhinho não é mais valorizado. Às vezes, quem sabe fazer tem até vergonha de mostrar. No entanto não vou mostrar um trabalho meu, quero aproveitar a oportunidade e fazer uma homenagem. Por isso a minha beleza escondida é este bordado que ganhei de uma amiga muito querida e que já não esta mais entre nós.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Olha eu aqui, outra vez...

Antes que os amiguinhos pensem que a velhinha partiu deixa eu aparecer e escrever umas linhazinhas. Estou firme e forte que nem uma vaquinha leiteira. Fora um pequeno resfriado de verão, que deixa o nariz que nem de palhaço, está tudo bem.

Estava com saudade de vocês. Li os comentários e quero agradecer ao gauchinho e aos mineirinhos pelos votos de Feliz Ano Novo. Apesar de ser ano bissexto – isso que euzinha não sou esotérica – acho que o ano vai ser muito bonzinho. Se o ministro deixar.

Bom, depois eu conto como foi a minha passagem de ano.

PS: espero que este ano tenha mais santinhos nos blogs. Eles estão muito raros.


E se ninguém puser santinho eu mesma vou procurar.

Que nem o santo de hoje - Santo Antônio de Categeró.